05/05/2009 22:55:00
MARIA ANGELICA HOFMANN As escolas da rede Municipal de São Leopoldo contam com o apoio do NAPPI (Núcleo de Apoio e Pesquisa ao Processo de Inclusão), onde o número de atendimentos é limitado por escola, visto a grande demanda. Isto, com certeza prejudica o andamento de nosso trabalho em sala de aula, refletindo-se mais tarde nos altos índices de reprovação. Isto porque sabemos que grande parte destas reprovações são decorrentes de alunos multirepetentes, sem laudo, com necessidades especiais e que necessitam de um atendimento especializado.Mas, por outro lado, percebemos que os alunos atendidos pelo NAPPI apresentam, no decorrer do tempo, significativas melhoras em relação ao seu desenvolvimento e aprendizagem, visto receberem atendimento interdisciplinar com apoio nas áreas de psicopedagogia, fonodiologia,psicologia, entre outros, com atendimento paralelo as familias e acompanhamento através de contatos e visitas a escola onde o aluno estuda.Nossa escola atende alunos com necessidades especiais e procura adaptar-se , sendo que as turmas inclusivas contam com um número reduzido de alunos, quando possível, o que facilita o atendimento aos portadores de necessidades especiais. Contamos também com o auxílio de uma colega que já possui experiência com alunos especiais e trabalha numa escola estadual de educação especial, próxima a nossa escola, onde através de trocas, sanamos algumas dúvidas que surgem no nosso dia a dia, facilitando a relação professor aluno.Acredito que nosso município deu o primeiro passo em relação a educação inclusiva, crescendo a cada dia, visto por exemplo a instalação das salas de atendimento, o que até a pouco tempo não havia. Cabe a nós educadores, no nosso dia a dia perceber e identificar as principais necessidades em relação a esta clientela (PNE), que cresce a cada dia, encaminhando-as as autoridades e entidades competentes, a fim de qualificar ainda mais a educação de nosso município. Abçs. Maria Angélica.
30/03/2009 21:08:41
MARIA ANGELICA HOFMANN Olá, colegas! Assisti aos videos e percebi que a inclusão realmente é um assunto que deve ser muito discutido e analisado, pois como se diz: o papel aceita tudo, mas a realidade é bem outra. Não basta somente seguir a risca o que diz a lei, mas acima de tudo dar condições para que esta inclusão ocorra de fato e não só no papel. Nossa escola trabalha com alunos com necessidades especiais e acredito estar a cada ano aprendendo e crescendo nesta prática, mas que ainda temos muito a acrescentar, visto que nossas escolas ainda não estão equipadas e preparadas adequadamente para receber e acolher como deveriam esta clientela, pois estamos falando de um ser humano e não de uma bola, que se joga de um lado para outro. Como educadores, nos sentimos responsáveis por todos aqueles que nos são enviados e queremos que realmente evoluam como pessoa e ser humano. Não sou contra a inclusão, apenas acho que deva ser feita de forma responsável, onde o aluno com necessidades especiais não se sinta rejeitado e desconfortável, devido a sua condição, seja ela qual for.
12/04/2009 01:32:30
MARIA ANGELICA HOFMANN Lendo o comentário da colega Roseli, sobre a classificação dos alunos como especiais, apenas aqueles que tem um laudo médico, mas e os muitos outros que provavelmente também necessitariam de um acompanhamento individualizado, com uma psicopedagoga, uma fonoaudióloga, mas que só são encaminhados mediante o laudo, que infelizmente na maioria das vezes não existe e que mesmo com muita boa vontade da escola e da familia, devido a falta de vagas, pela prefeitura e por toda a burocracia existente, levam anos para que este aluno seja atendido e muitas vezes após anos de repetência, acabam desistindo e somando a mais nos indíces de evasão. Na nossa escola mesmo, há muitos alunos que necessitariam de um atendimento especializado , mas o NAPPI (pelo municipio de São Leopoldo) tem poucas vagas por escola, o que não consegue atender a demanda. Aí, surgem as pesquisas que apontam como a má qualidade do ensino público como causa veroz da repetência e do fracasso escolar. Mas se esquecem de averiguar em primeiro lugar em que condições está se dando este ensino. Na nossa última reunião pedagógica na escola foi feito uma reflexão sobre o trabalho desenvolvido pelo NAPPI, onde foi colocado que pela nossa vivência diária, as vagas deveriam ser ampliadas, pois os alunos com dificuldades de aprendizagem em nossa escola eram bem maiores do que o percentual de atendimento disponível a mesma. Foi inclusive sugerido por uma das professoras que fosse pensado em termo de instituição um encaminhamento destas nossas constatações e preocupações em relação aos nossos alunos, sugerindo uma reflexão também por parte do NAPPI, juntamente com a SMED, a fim de haver uma maior abrangência deste atendimento em relação a nossa e as demais escolas da rede. Acredito que se houver realmente uma movimentação neste sentido, por parte das demais escolas, inclusive na sugestão de incluir uma parceria com a UNISINOS, poderiam haver uma ampliação neste atendimento, junto ao NAPPI, o que com certeza viria a benificiar nosso aluno e consequentemente a sua qualidade de ensino.
21/04/2009 16:42:09
MARIA ANGELICA HOFMANN Olá, colegas do grupo! Estive todos estes dias sem internet, sem poder acessar o rooda, mas estou atualizando a leitura das postagens e assim que for possível, estarei participando e contribuindo com fórum. Abçs.
09/05/2009 01:37:13
MARIA ANGELICA HOFMANN Este ano estou trabalhando com alunos de 1º ano a tarde e 4º ano pela manhã. Na turma de 1º ano tenho uma menina de 7 anos com dificuldades na fala. Não consigo entender o que ela fala, direito. Tenho que pedir para repetir, as vezes, duas a três vezes. Então, conversei com a mãe, mas ela disse que entende o que a filha fala, é o jeito dela falar, manhosa. Não vai a fonoloaudióloga, sendo sugerido para a mãe. Um dia no pátio, percebi que ela não conseguia pular corda no ritmo dos demais, então, sugeri que trilhassemos foguinho (rápido) e a mesma conseguiu pular. Então resolvi pedir a ela que falasse devagar para que eu conseguisse entendê-la. Aos poucos, estou conseguindo entender o que fala. A menina tem dificuldades em interpretar as ordens dadas e é lenta na realização das atividades, Estou incentivando-a bastante, pois toda atividade proposta diz que não sabe. Aos poucos estou fazendo-a perceber que é capaz, mostrando o que precisa fazer. Enquanto od demais já terminaram, ela está no início da atividade perguntando: o que é pra fazer prof ? Após já ter explicado. A uma semana conseguiu aprender a escrever seu nome. Antes, não conseguia nem copiar. Após o uso de material concreto, manuseio de letras de EVA e posterior cópia de seu nome, passou a escrever seu nome sozinha. (este formado pelas letras K S A E L Y I ) Agora, faz questão de escrever seu nome no quadro e nos trabalhos que realiza,vindo sempre me mostrar. Ela apresenta grande dificuldade de entender as ordens dadas, tendo que repetílas mais de uma vez e explicar diretamente para ela. Também atenna mesma sala de aula tenho uma outra menina que é hiperativa, e que está em consulta médica, fazendo exames para verificar, pois não para no lugar, fala o tempo todo, faz mil perguntas em um segundo, repetindo a mesma coisa mais de cinco vezes, até. Tem dificuldades de se concentrar numa atividade só por muito tempo. A mãe ficou de trazer o laudo assim que possível.No 4º ano pela manhã, temos um caso de inclusão, o qual esta sendo atendido no NAPPI, desde a 1ª série. O mesmo possui desenhos bem infantis, pois sua idade cronológica não condiz com a idade mental. É copista, não lê. Apenas palavras simples. Na matemática tem um desenvolvimento melhor, em cálculos simples, mas ainda não reconhece os números e sua grafia correta.Tem sido promovido devido a seu sua idade. Temos também um aluno down que usa óculos, mas não consegue quardar o óculos antes de ir embora. Larga-o em quaoquer lugar, esquecendo-o na escola quase que diariamente, caso sua professora não o lembre para guardá-lo na mochila. Seguido a mãe está atrás do óculos. E o mesmo não lembra nem onde deixou. É um aprendizado que tem que ser retomado diariamente, pois o mesmo não consegue assimilá-lo .
09/05/2009 02:02:45
MARIA ANGELICA HOFMANN É importante portanto,conforme relato da colega Fernanda que acompanhemos nossos alunos, observando-os na realização das atividades diárias, a fim de encaminhá-los a profissionais qualificados, quando necessário.Em nossa escola os encaminhamentos necessários são feitos, mas nem sempre são imediatos, devido a burocracia ou até por falta de interesse da família. Cada vez mais a inclusão está se tornando um tema comum em todas as escolas, que veem se preparando para receberem estes alunos, buscando novos conhecimentos e novos propostos para atender esta clientela, que começa a se expandir tanto na rede municipal, como estadual e particular. Dúvidas e certezas são muitas, mas é através da busca, da pesquisa, da desacomodação que vamos abrir novos horizontes em torno desta questão.
Refletindo ... Através das postagens no fórum, exercitamos nosso interagir, nosso compartilhar, destacando a importância deste, para um desenvolvimento mais efetivo e significativo, pois conseguimos nos perceber como agentes transformadores capazes de socializar práticas, leituras e com isto argumentar nossas crenças com base na nossa prática docente e de nosso conhecimento teórico, através das aprendizagens construidas ao longo de nossa caminhada como docente e discente, contribuindo portanto para um crescimento tanto pessoal, como profissional, nos reconhecendo em muitos casos estudados e ou relatados por professores ou colegas de curso e de profissão. Outro dado importante é que nos sentimos parte integrante dentro de um contexto educacional, onde as aparências nem sempre são meras coincidências e é a partir de nosso investimento em formação que se evidencia dia a dia, em novas práticas e novos olhares sobre a educação, reestruturando e reafirmando conceitos a respeito de temas propostos, como a inclusão, ao longo do nosso percurso.